Pollock

Somos seres limitados.

Nossa percepção nos obrigada a acreditar que o tempo é linear, dividido em passado, presente e futuro. Nessa dinâmica, há uma sucessão natural de eventos; o trigo brota, cresce e seca.

Pular fora do determinismo dessa moldura é cair numa caixa de incertezas.

Imagine que transgredir, aqui, significa ignorar as sombras dançantes nas paredes da caverna e caminhar em direção à saída. Mas o que acontece quando você efetivamente chega nela? O que acontece quando você alcança o limite e o transpõe?

Seria lógico supor que seus olhos e seu cérebro, por não estarem habituados a tal nível de claridade, precisarão passar por um período de recalibragem.

A princípio, você não enxerga nada. A luz te deixa cego. Porém, depois de uma necessária adaptação, você começa a distinguir cores e formatos.

E você se acostuma com isso, com essa nova realidade que se descortina perante seus incrédulos olhos. Você se reinventa. Há um upgrade em sua configuração.

Você habita agora uma zona marginal, e o ponto onde você começou nada mais é do que uma referência, uma diminuta porta que já foi atravessada.

Esqueça a dinâmica linear e visualize o tempo como uma correnteza na qual estamos imersos e cuja existência e continuidade é impulsionada por movimento, por transformação.

Entenda que sua presença, sua história, suas ações são o combustível que mantém essa engrenagem funcionando.

Não se pergunte o que veio antes e o que virá depois. Siga em frente como Alice seguiu o coelho branco pela toca. Caia e descubra algum país das maravilhas.

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